quinta-feira, 15 de abril de 2010

Quem realmente está precisando de maracugina?




Não sei se está precisando de “maracugina” mas, certamente, a esta altura do campeonato, o senador Tasso Jereissatti ("todo poderoso" aliado de FHC/Serra que trouxe a estas terras patativenses a “modernidade” neoliberal) está perdendo umas horinhas de sono.
Afinal, apesar dessa “modernidade” praticada em um período de quase 20 anos de poder, ela não concretizou-se, entre outras coisas, em sequer um hospital de urgência e emergência de gestão estadual em todo o Ceará. É muito fácil agora posarem os neoliberais alencarinos de defensores dos fracos e dos oprimidos usando a “tropa de choque tucana” para criticar (que ironia) o único hospital com essas características no Ceará, o nosso Frotão (maior hospital de gestão municipal do País).
Caminhando célere para a derrota da sua bancada, o PSDB tenta se salvar em uma aliança impossível com Cid-PSB, impossível por fatores óbvios das conjunturas estadual e nacional. Fora a bancada, Serra e FHC exigiram que Tasso faça a campanha dos privatistas Serra/FHC/Aécio/Agripino e de toda a turma do "MAL” (Movimento anti-Lula).
Cid-PSB fora dessa movimentação (da turma anti-Lula) significa Eunício e Pimentel eleitos para o senado e adeus à reeleição do homem que prometeu “mudar o Ceará, acabar com a miséria, a concentração de renda e a desigualdade”. Os indicadores sociais do nosso estado não corresponderam às promessas daqueles que substituíram “os coronéis” (página também infeliz da nossa história) pregando a “modernidade” neoliberal que nos levaria ao “futuro grandioso” da nova ordem mundial. Foi isso que prometeram no já distante ano de 1986. Prometeram e "mitificaram" Tasso numa forte campanha midiática que, aliás, é uma das explicações da ainda inegável força (mesmo em declínio) que detém o senador “tucano”, sobretudo no interior.
O resto da história todo mundo já sabe. O que realmente aconteceu foi a versão cearense do modelo aplicado anos depois por FHC/PSDB/DEM: privatização, demissão de servidores, perseguição ao movimento social, estado mínimo para o povo e máximo para os negócios de uma minoria elitista e anti-povo.
Não houve nada de bom? Diante do resultado geral e de quase 20 anos (não falo de um ou dois governos, só Tasso governou por três mandatos) de neoliberalismo no Ceará, pode-se dizer que muito pouco diante do saldo social negativo como o inchaço de Fortaleza, o abandono do campo e a desigualdade social marcante em nossa terra.
Cid-PSB no plano estadual é o início da superação desse tempo passado. Assim como a eleição de Luizianne em 2004, a consolidação da sua força política e da gestão de Fortaleza alinhada ao governo Lula. Cid Gomes-PSB não comprometerá o futuro da nossa terra tão sofrida, com sua história correta e séria - progressista na vida política - para trazer esse passado de volta e salvar seu maior símbolo bancando sua reeleição. Creio que não.
Tasso - e aqui não trato de forma pessoal, mas política - é o maior símbolo e talvez seja realmente o "maior político vivo não só do Ceará, mas do Brasil" em termos de oposição ao Lula e seu governo, ao PT e as forças progressistas e de esquerda que estão mudando verdadeiramente o Brasil e reconstruindo o Ceará depois da avalanche neoliberal.


Antonio Carlos de Freitas Souza
Vice-presidente PT-Ceará

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